quinta-feira, 3 de maio de 2012

Testes rápidos para sistemas de vigilância epidemiológica


Os testes rápidos compreendem todos os protocolos que, mantendo a eficiência e viabilidade, se destinam a um diagnóstico rápido (<24h) com análise de várias amostras ao mesmo tempo, de uma forma automatizada. Estes testes baseiam-se principalmente na detecção de PrPSc, sabendo que esta forma apresenta maior proporção de folhas β relativamente à sua forma nativa na célula, no entanto, ainda não foram desenvolvidos anticorpos que diferenciem especificamente PrPC e PrPSc. Assim, a maioria dos testes tira partido da resistência relativa de cada molécula à degradação por uma Proteinase ou nas propriedades de agregação da proteína quando extraída pela utilização de um detergente. (7) (5) A maioria dos testes comercializados é derivada de modelos ELISA ou WB, embora a análise IHQ seja também utilizada no diagnóstico de CWD.(23)


  • Testes ELISA 


    O teste ELISA (imuno-ensaio de absorção por acoplamento enzimático) trata-se de ensaios bioquímicos que usam um componente enzimático para detectar a presença de uma substância numa amostra líquida. 


       No caso do diagnóstico de EET, o tecido recolhido é homogeneizado, sujeito a digestão enzimática e é, de seguida, centrifugado. A palete é suspensa, diluída e testada segundo o sistema ELISA. A amostra é inoculada com anticorpos primários específicos para PrP, o PrPres é recolhido para uma microplaca de titulação usando um ligando não-biológico, sendo então utilizado um anticorpo secundário, que após se ligar ao primeiro, na presença de um substrato adicionado, reage com uma manifestação física facilmente detectável. (23)


     Este teste está actualmente a ser comercializado para a detecção de PrP anormal em gado. 


  • Testes de Western Blotting
Os passos de centrifugação da amostra, necessários à purificação de PrPSc, são substituídos por buffers homogeneizantes, de modo a economizar tempo. A proteína PrP anormal é detectada com um anticorpo que se liga especificamente ao centro resistente à Proteinase da proteína, ligado a um anticorpo secundário que normalmente se encontra na presença de um substrato luminescente. (5, 7, 23)

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